quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ciúmes entre irmãos

Que assunto mais chato, esse!!!!


Mas é real, não dá para dizer que é lenda, que nem todos sentem, ou que existem crianças imunes a esse sentimento.


Meu filho mais velho sofreu bastante no começo. Nos primeiros meses ele chegava a agredir os bebês - especialmente o irmão, talvez por ser do mesmo sexo e, possivelmente, aquele que iria "roubar" os brinquedos dele e toda a atenção dos pais. A Catarina podia tudo, ganhava beijos dele, e se alguém dissesse que queria levá-la embora ele até chorava. Já o Nuno... qualquer um poderia levá-lo para casa, segundo ele. Nunca ganhava beijos do irmão mais velho e não podia nem olhar para seus brinquedos.



Mães de gêmeos, acalmem-se: depois de algum tempo isso passa e os irmãos mais velhos se acostumam. Agora que os pequenos já estão com um ano e meio e andando, o Ricardo está adorando. Já brinca com eles - brincadeiras meio violentas, confesso, mas já é um bom começo! -, abraça, dá beijo em ambos, defende o irmão (!!), empresta brinquedos e os quer sempre perto.



Entre os gêmeos também existe muito ciúme, principalmente da mãe. Até de madrugada já aconteceu de um deles estar tomando mamadeira comigo e o outro esperar para tomar seu lugar. Além disso um pega o brinquedo do outro (mesmo que esteja brincando com algo igual, apenas de outra cor!), se batem, o Nuno puxa a Catarina "pelo cangote" (pode, com essa idade?!) e vivem se estranhando... Mas tenho certeza de que com o tempo também vão mudar e curtir tudo juntos, como o Ricardo está fazendo agora.



Porém a observação deve ser constante, e se forem percebidas atitudes anormais - como agressividade extrema, depressão ou apatia - é melhor procurar orientação psicológica. Tenho uma amiga que precisou tratar da filha mais velha, que desenvolveu TOC após o nascimento da irmãzinha. O resultado foi tão bom que a garota está super segura e tranquila agora.



É, aquela máxima acho que serve para tudo mesmo, sempre: "orai e vigiai"...